segunda-feira, abril 30, 2007

domingo, abril 29, 2007

nas palavras de outra pessoa qualquer

"O que eu queria hoje era passar a noite de mãos dadas com alguém, enquanto o outro ser me sussurrava coisas bonitas ao ouvido.
O que eu queria hoje era um beijo na boca apaixonado, com direito a levantar um dos pézinhos como é habito.
O que eu queria hoje era que o amanha nunca chegasse."
by Joanne

Há coisas que dizem que me fazem sentir isto: nunca nada na minha vida aconteceu como deveria ter acontecido. Sonhei sempre demais e a realidade nunca vale mesmo a pena. Nunca vale mesmo. E depois penso tantas coisas, imagino-as, queria que acontecessem de tal forma e nunca acontece que aconteçam, ou se acontecem duram pouco e depois ainda há o resto de um dia para viver. Ainda há outras pessoas para além de mim, diferentes, outras, exteriores e existem tanto como eu. E o que é preciso dura pouco. Pouco demais.

Mas ao menos sei que há mais pessoas como eu. Que há mais desesperados de sentimento, que há mais apaixonados de sonhos, que há mais viventes como se a vida fosse um livro ou um filme ou uma peça de teatro. E isso hoje faz-me estar uma espécie de coisa que posso fingir: é felicidade.

sou mais solar hoje

apesar de todos os adultos que me incomodam quando não sabem pedir algo pelo nome, e apontam nos preçários "este aqui", apesar de todos os adultos com a sua vergonha de sentir, com a sua vergonha de viver, apenas argumentando como se vivêssemos num tribunal ou numa apresentação científica constante, apesar da criança saber pedir pelo nome as coisas que os adultos apenas apontam nos preçários com vergonha, hoje não me interessa - tenho amigos, acho que posso dizer assim, que gostam tanto do que escrevo, acompanham-me e dão-me prémios em forma de abraços mesmo que não o saibam. tenho amigas muito bonitas que me dizem "porque não gostas de tirar fotografias? és tão bonito." mesmo que eu não me sinta tão bonito.

por isso hoje sou mais solar do que antes.

às vezes também me apetece... também me apetece e é mais fácil.

de profundis amamus

Ontem às onze
fumaste
um cigarro
encontrei-te
sentado
ficámos para perder
todos os teus eléctricos
os meus
estavam perdidos
por natureza própria

Andámos
dez quilómetros
a pé
ninguém nos viu passar
excepto
claro
os porteiros
é da natureza das coisas
ser-se visto
pelos porteiros

Olha
como só tu sabes olhar
a rua os costumes
O Público
o vinco das tuas calças
está cheio de frio
é há quatro mil pessoas interessadas
nisso

Não faz mal abracem-me
os teus olhos
de extremo a extremo azuis
vai ser assim durante muito tempo
decorrerão muitos séculos antes de nós
mas não te importes
muito
nós só temos a ver
com o presente
perfeito
corsários de olhos de gato intransponível
maravilhados maravilhosos únicos
nem pretérito nem futuro tem
o estranho verbo nosso

Mário Cesariny de Vasconcelos

sexta-feira, abril 27, 2007

segunda-feira, abril 23, 2007

um silêncio entrecortado

que paz é esta que sinto porque te vejo? que sonho de lábios é este, quando não sei o teu sabor? acalmas em mim todas as dores e por isso sinto uma coisa por ti. uma coisa muito bonita. tu és tudo o que eu quero. mesmo que na "verdade" não sejas.

comecei por vir aqui sem esperar que existisses mas agora que te sei quero amar-te, quero ter-te perto de mim...

sábado, abril 21, 2007

quarta-feira, abril 11, 2007

constatações do óbvio numa tarde desocupada

um vilão é uma personagem que as outras personagens odeiam ou que o autor apresenta como necessária e/ou inteiramente má. pelo menos inerentemente má. não creio que na vida real existam pessoas inerentemente más ou inerentemente estúpidas ou inerentemente boas, apenas pessoas que querem ser felizes e fazem o que acham que devem, para o serem. haverá decerto pessoas que procuram a infelicidade e a miséria mas, não será essa ideia, em si mesma, uma ideia de objectivo, de plenitude, de felicidade?
toda a história que se proponha imitar a realidade, transmiti-la, será, pois, falhar e mentir desde essa premissa inicial. um vilão, se - e é geralmente - requerido, é a figura através da qual é impossível transmitir a imagem de uma pessoa que, não sendo "má", acabou por fazer coisas que invariavelmente levaram outras pessoas a não gostarem dela. como desconstruir isto e poder criar, dessa forma, a mimese quase total de uma vida? por outro lado, será isso o objectivo, o plano, o ideal? ou a criação de um universo inexistente, fantástico, outro? nos dias de hoje, bastará a vida real que o jornal e o telejornal mostram? ou não será ela mesma, a vida real do telejornal, um ponto de vista em que existem os heróis e os vilões? todo o relato da verdade e do real é um ponto de vista e, por isso, o real total e absoluto é inexistente.
haverá na realidade, na totalidade absoluta do concreto, bons e maus? o que é a verdade? o que interessa?

terça-feira, abril 03, 2007

Saem-me coisas queridas nos testes de interné. (parte IV)

Your EQ is 120

50 or less: Thanks for answering honestly. Now get yourself a shrink, quick!
51-70: When it comes to understanding human emotions, you'd have better luck understanding Chinese.
71-90: You've got more emotional intelligence than the average frat boy. Barely.
91-110: You're average. It's easy to predict how you'll react to things. But anyone could have guessed that.
111-130: You usually have it going on emotionally, but roadblocks tend to land you on your butt.
131-150: You are remarkable when it comes to relating with others. Only the biggest losers get under your skin.
150+: Two possibilities - you've either out "Dr. Phil-ed" Dr. Phil... or you're a dirty liar.