terça-feira, novembro 25, 2008

Post-Tracey Fragments



Não sei ao certo o que dizer... não percebo de cinematografia, portanto não posso falar desse aspecto... dos planos e dos filtros e dos efeitos. Mas, seja lá como for, vi este filme ontem no CCC e soube-me a (tão) pouco! Delirei com as interpretações (sobretudo a da Ellen Page, notoriamente), com a banda sonora (Broken Social Scene), com a história - mas, acima de tudo, com a maneira diferente de a contar. O filme é espectacular. Mesmo. E eu preciso do dvd, porque gosto demais, para estar a sacar, e porque, sinceramente, ver uma vez... não chega.

P.S.: O excerto que coloquei não invalida que procurem algumas situações diferentes do filme. Tentem ver as partes da consulta com o/a psiquiatra. Só por isso já vale a pena. Mas o que deviam mesmo fazer era ver tudo. Deixo veementemente o conselho.

domingo, novembro 23, 2008

Outra sugestão de cinema:



The Tracey Fragments, de Bruce McDonald, com Ellen Page. Ainda vou ficando feliz com este mês, em termos de cinema, no CCC.

sábado, novembro 22, 2008

sexta-feira, novembro 21, 2008

Suposto grau de leitura de toda uma panóplia de blogs:

exanimatus:
blog readability test

lonely gigolo:
blog readability test

conFusão:
blog readability test

ossa et cinera:
blog readability test

Faz-me Espéce:
blog readability test

Linha Férrea:
blog readability test

Por enquanto, parece-me chegar. Basicamente, todos (ou quase) os blogs em que participo mais ou menos activamente (deixei um ou dois de fora propositadamente). Ah, e fiz realmente questão de copiar e colar o resultado, independentemente de ser tantas vezes igual. Quanto aos critérios, não faço a menor ideia de quais sejam. E não acho que os meus blogs sejam para génios.

Valse Sentimentale (op. 51, nº 6), de Tchaikovsky, tocada no theremin por Clara Rockmore



Sim. Eu aprecio theremin.

N.A.: Não tenho, por hábito, colocar vídeos compostos de música com imagem parada, mas foi o único que consegui arranjar, portanto, desde já, o meu pedido de desculpas.

quarta-feira, novembro 19, 2008

António Lobo Antunes apresenta o seu mais recente livro, "O Arquipélago da Insónia"



Não sei ao certo o que dizer de tudo isto. Com o que concordo, ou do que discordo; não sei até que ponto tudo isto que é dito pelo autor é mesmo a verdade do que sente, ou se são somente palavras que aprendeu a ir dizendo ao longo dos tempos, nos milhares de entrevistas, cafés literários, apresentações de livros, colóquios, seminários, debates e demais exposições de ideias que tem vindo a fazer, ao longo da sua carreira literária. Se concordo com as suas palavras? Sim, em grande parte, sim; demonstram certamente um certo ponto de vista que me é comum. Mas, sobretudo, deleito-me com os seus livros, e creio, tenho a certeza, aliás, que é isso que importa. No documentário que se fez, há tempos, sobre Herberto Helder, na RTP2, alguém dizia que o escritor se quer afastar do mundo para que as pessoas o conheçam pela sua obra, que é o que verdadeiramente é pertinente, e não através da sua pessoa e da sua personalidade e de todas as idiosincracias inerentes a isso. E, pelo menos, a mim, parece-me que António Lobo Antunes vale sozinho pelas suas obras, pelos seus livros, pelas suas cartas, pelas suas crónicas, independentemente do António Lobo Antunes pessoa viva e real e existente. Portanto, obviamente que os visitantes do blog não são obrigados a concordar com o que é dito. Nem sequer obrigados a gostar de ler o autor. Ou de gostar de alguma coisa que tenha sido escrita por ele. Mas saibam, então, que é o meu romancista predilecto. E que gosto de pensar que sei que daqui a muitos anos esta pessoa será referida como o escritor português da nossa época. O que devia ter ganho o Nobel em 98. Mas não ganhou.

(Quanto a essa questão do Nobel, lamento também informar que não gosto de Saramago, quanto mais tento ler e gostar, menos consigo atingir esse intuito. E, sim, há alguma proporcionalidade entre o meu carinho e espanto perante a obra de Lobo Antunes e o meu desencanto e desinteresse pela obra do prezado José Saramago.)

terça-feira, novembro 18, 2008

Fofura last.fmiana




É maravilhoso, o mundo da internet. Ora aí estão as nacionalidades dos artistas que mais ouço, compondo todo um gráfico percentual.

segunda-feira, novembro 17, 2008

Villes

Ce sont des villes! C'est un peuple pour qui se sont montés ces Alleghanys et ces Libans de rêve! Des chalets de cristal et de bois qui se meuvent sur des rails et des poulies invisibles. Les vieux cratères ceints de colosses et de palmiers de cuivre rugissent mélodieusement dans les feux. Des fêtes amoureuses sonnent sur les canaux pendus derrière les chalets. La chasse des carillons crie dans les gorges. Des corporations de chanteurs géants accourent dans des vêtements et des oriflammes éclatants comme la lumière des cimes. Sur les plates-formes au milieu des gouffres les Rolands sonnent leur bravoure. Sur les passerelles de l'abîme et les toits des auberges l'ardeur du ciel pavoise les mâts. L'écroulement des apothéoses rejoint les champs des hauteurs où les centauresses séraphiques évoluent parmi les avalanches. Au-dessus du niveau des plus hautes crêtes, une mer troublée par la naissance éternelle de Vénus, chargée de flottes orphéoniques et de la rumeur des perles et des conques précieuses, - la mer s'assombrit parfois avec des éclats mortels. Sur les versants des moissons de fleurs grandes comme nos armes et nos coupes, mugissent. Des cortèges de Mabs en robes rousses, opalines, montent des ravines. Là-haut, les pieds dans la cascade et les ronces, les cerfs tettent Diane. Les Bacchantes des banlieues sanglotent et la lune brûle et hurle. Vénus entre dans les cavernes des forgerons et des ermites. Des groupes de beffrois chantent les idées des peuples. Des châteaux bâtis en os sort la musique inconnue. Toutes les légendes évoluent et les élans se ruent dans les bourgs. Le paradis des orages s'effondre. Les sauvages dansent sans cesse la fête de la nuit. Et une heure je suis descendu dans le mouvement d'un boulevard de Bagdad où des compagnies ont chanté la joie du travail nouveau, sous une brise épaisse, circulant sans pouvoir éluder les fabuleux fantômes des monts où l'on a dû se retrouver.
Quels bon bras, quelle belle heure me rendront cette région d'où viennent mes sommeils et mes moindres mouviments?


Jean-Arthur Rimbaud, in Iluminações/Uma Cerveja no Inferno (Illuminations/Une Saison En Enfer), Lisboa, Assírio & Alvim, 2007

quinta-feira, novembro 13, 2008

Sepún - láiv.


Spoon - Chicago at Night

terça-feira, novembro 11, 2008

The Hold Steady - Joke About Jamaica



Garanto que esta música, apesar do nome, não é uma piada acerca da Jamaica (por mais que eu gostasse disso, enfim, lá "tenho" que respeitar quem aprecia esse bendito país e sua adjacente cultura, às vezes mais mitificada, que outra coisa, mas, pronto...), nem sequer possui referências. Ah, e em termos musicais também é qualquer coisa um bocadinho... ao lado. Da coisa jamaicana.

segunda-feira, novembro 10, 2008

Emily Bukowski

my grandmother always attended the sunrise
Easter service
and the Rose Bowl
parade.

she also liked to go to the
bench, sit on those benches
facing the sea.

she thought movies were
sinful.

she ate enormous platefuls of
food.

she prayed for me
constantly.

"poor boy: the devil is inside
of you."

she said the devil was
inside her husband
too.

though not divorced
they lived
separately
and had not seen each
other
for 15 years.

she said that hospitals were
nonsense

she never used them
or
the doctors.

at 87
she died one evening
while feeding her
canary.

she liked to
drop the seed
into the cage
while making these
little
bird sounds.

she wasn't very
interesting
but few people
are.

Charles Bukowski in You Get So Alone At Times That It Just Makes Sense, Ecco/Harpercollins, 1986

domingo, novembro 09, 2008

À laia de... coisa... informativa, ou sei lá o quê.

Diz Nuno Lopes, actor e, para todos os efeitos, pessoa, na revista Tabu, suplemento do jornal Sol (que não leio, mas estranhamente tem surgido aqui por casa), e cito: "Acho que sou o único homem de 30 anos que não bebe, não fuma, não se droga e não conduz." Caríssimo Nuno: daqui a cinco anos acho que te posso acompanhar nessa demanda, pelo menos se deixar de beber. Mas também não fumo, não me drogo e não conduzo. Até que ponto é que posso dizer que vivo?

sexta-feira, novembro 07, 2008

Why Did You Leave Me?


...


Larval - Paved With Good Intentions

quarta-feira, novembro 05, 2008

Piquena informação:

Este blog estará com actualizações (ainda mais) infrequentes, sendo que agora tenho escrito bastante mais no blog Faz-me Espéce, juntamente com um outro colega blogger (e a contar que pelo menos mais um terceiro se junte a essa pequena comunidade de pessoas com estômago fraco, às quais praticamente tudo lhes faz "espéce"). Portanto, deixo a recomendação que visitem o dito espaço. E irei, embora mais esporadicamente, colocando vídeos e músicas e textos avulsos por aqui.

N.B.: Para aquelas pessoas que não sabem muito bem como funciona esta coisa dos links no texto, saibam que se clicarem sobre as palavras "Faz-me Espéce", no texto acima (e aqui, na nota, também) são automaticamente direccionadas para o dito espaço de confluências ulcerais.