quinta-feira, dezembro 31, 2009

citações de um caderno em noite de vidros na garganta

"E se eu a matasse
odiavas-me mais
do que a Amas?"


(sim)

Syrinx, Ficção Pastoral (XVI)

Podes pegar em mim, pesar-me na balança
do sim e não, medir-me às polegadas a bondade;
ainda eu guardo o coração em sítio seco
e fresco, e longe de palavras.
E agrada-me estar só, na mais pequena cela
de uma prisão estéril entre os montes,
toda a noite a cantar contra a janela
donde se avistam outras grades iguais.
Podes até dizer (mas não as dizes)
as engraçadas frases em que voas
por distantes colinas, espantadas
de tão solene e nova madrugada;
e trazer-me água fresca, que me enrolo
em mim como um novelo e nem sequer
me movo quando o monstro inexplicável
com as suas garras rasga o meu lençol.


António Franco Alexandre, Quatro caprichos, Assírio & Alvim, Lisboa, 1999

segunda-feira, dezembro 28, 2009

este blog já está há demasiado tempo sem Sonic Youth. Ha ha!


Sonic Youth - Radical Adults Lick Godhead Style

sexta-feira, dezembro 25, 2009

quarta-feira, dezembro 16, 2009

senhor dançarino




que me presenteou com uma dança infindável (se bem que com pausas pelo meio) na noite do meu aniversário, em pleno trinca espinhas.

terça-feira, dezembro 15, 2009

em jeito de narcisismo:


The Residents - Birthday Boy

segunda-feira, dezembro 14, 2009

Os homens decentes acabam sempre sozinhos, enquanto as mulheres se queixam que o género masculino inteiro não oferece flores, não sabe ser romântico, esquece as datas importantes, não faz surpresas, não baixa os tampos das sanitas.

Pois.

Eu nunca me esqueço de nenhuma data. Baixo sempre o tampo da sanita. Ofereço flores e livros e discos e filmes. Gosto de fazer surpresas agradáveis e românticas. Gosto de sair em jantares íntimos a dois. Gosto de morrer por amor.
E, no entanto, acabo sempre sozinho. Sou sempre “muito especial”, quase deficiente, de tão “especial”, as senhoras nunca se me dão demasiado porque “me respeitam muito” e “não me querem magoar”.

Obrigado, queridas donzelas. Mas, ao menos, não se queixem tanto de não haver homens decentes. Só não se queixem, pode ser? E assumam logo, de uma vez por todas, que querem é tipos bonitos, por mais estúpidos que sejam. Que gostam é de futebolistas, de armários que fazem culturismo, de meninos louros que praticam surf, ou, pelo menos, de gajos com bandas. De gajos com pilas monumentais.

De pilas com homens atrás. Pilas flutuantes. Com atrelado. Que fodam como animais com cio.

Pouco mais que macacos.

domingo, dezembro 13, 2009

mamã:

deixa-me fazer-te saber que estou mal, mãe, deixa-me pedir-te que me abraces, para não tremer à noite... deixa-me falar-te desta pessoa, a sério, deixa. que ela dói-me e vai-me destruindo aos poucos, mas amo-a, mãe, amo-a, parece que é só o que sei fazer, estar apaixonado é o meu ofício, o meu trabalho, é isso que faço bem, isso e Nada, duas coisas em que sou excepcional, já viste? já viste que te podias orgulhar de mim se as regras do mundo fossem inventadas de outra forma, de uma forma que nos explicasse melhor, a mim e a ti e às pessoas...

mãe, eu estou apaixonado e dói-me.

quarta-feira, dezembro 09, 2009

terça-feira, dezembro 08, 2009

elegia da depressão

Hoje estou a ler coisas dos outros e todos me parecem tão tristes, tão complicados, tão magoados... tenho passado mais tempo acordado e isso faz-me reaprender a pensar nas coisas, acho que já me tinha esquecido de pensar nas coisas, tinha-me criado como um ser exclusivamente sensitivo, nos últimos anos, e já nem me lembrava de que consigo ser tão... racionalizador de tudo, a pontos mesquinhos, obsessivos, absurdos. Toda a gente está tão triste, a desejar temporais, impotências de viver, amores que passaram... todos os bloggers que leio, hoje, é assim que se me apresentam.

E eu, depois, no fim disso, que também estou triste porque sou demasiado complicado, demasiado estúpido, demasiado egoísta e obcecado com as coisas, quero "resolver" nem sei bem o quê, porque a verdade é que não há nada para resolver, é deixar as coisas andar, sem rótulos, sem classificações, é ir conversando naturalmente e tirando o maior partido possível das poucas vezes em que vou estando com a pessoa com quem quero estar.

Mas o que é que faço com as saudades?

mais palermices avulsas sobre o mesmo tema:

Sou, provavelmente, das pessoas mais pindéricas, ridículas e lamechas, neste momento da minha vida. Fico assim, a pensar numa pessoa só, com direito a sonhos quase diários, e tudo, e estar em casa sem saber o que fazer, coisa que, de resto, nunca senti antes. Estar em casa na net ou a ler ou a ver filmes nunca foi um problema para mim, antes, mas, nesta altura, não me apetece, não me serve, não me interessa... nem a ouvir música seguida, que nem um obcecado. Nem é para estar com a pessoa, que sei que ela não é muito dada a isso, mas queria estar com amigos, quanto mais não fosse, a falar dela, no mínimo. Claro que, enfim, obviamente, se ela pudesse e quisesse, era com ela que queria estar, em vez de estar para aqui a visitar os mesmos dois ou três sites de dois em dois minutos, a ver quem tenho, no messenger, que me ature a falar disto, destas coisas, deste amor que não sei muito bem como apareceu, mas que me vai fazendo bem.

Já nem tenho funcionado muito bem nas minhas rotinas habituais... de ir às Caldas tomar café à tarde e ficar a encantar-me com as empregadas de balcão e as raparigas bonitas. A última coisa que notei, quando fui ao CCC, foi que a pessoa que me maravilhava mais, lá dentro, é demasiado magra e cheirava a suor. Ou de estar no bar do costume e essa mulher entrar e eu largar imediatamente os meus amigos, sem me aperceber muito bem como nem porquê, só porque a pessoa tem uma coisa qualquer que me atrai e eu não entendo, e vou atrás dela para o balcão e, até, para alguma mesa, negligenciando as pessoas com quem estou (sendo que, uma delas, não a via há quatro ou cinco anos...), sem ser por mal, é certo, e eles até me alegam um "Pedro, eu percebo, não tem mal nenhum, eu quero é ver-te feliz", mas negligencio.

domingo, dezembro 06, 2009

questões mais ou menos pertinentes acerca do amor

Sou uma pessoa que se apaixona de vez em quando e que se dedica muito às pessoas. E grande parte do tempo ando feliz e bem, mas desta vez passam-se coisas mais complicadas (conheço o objecto da minha afeição há relativamente pouco tempo, e isto que sinto dura mais ou menos ao tempo em que que conheci a dita cuja), e eu sou demasiado... nem sei bem... needy. Amo esta pessoa, amo mesmo, não tenho outra palavra que queira usar, e quero dar-me, e isso, todas essas coisas, esses lugares-comuns do amor e da paixão. Nem é nada forçado, está-me a ir saindo assim... e custa-me um pouco que a menina bonita a quem dedico isto tudo não retribua da forma que eu acho que precisava.

Mas, por enquanto, estou bem. Acho que isto vai valendo a pena enquanto for estando mais bem, que mal... sim?

sábado, dezembro 05, 2009

namorada holandesa, pode ser?

Mónica, vê lá se me facultas uma, que, isto, as portuguesas, confesso que já ando farto...

sexta-feira, dezembro 04, 2009

em referência a esse portento de filme, que é "Arthur":

quero ser a Liza Minnelli do teu Dudley Moore.

terça-feira, dezembro 01, 2009

T-T

(tenho medo que o que certas pessoas vaticinam se torne realidade. tenho pavor de isto me doer outra vez no fim.)

segunda-feira, novembro 30, 2009

fim de vida


as minhas meias da reciclagem estão a precisar de ir para a reciclagem.

domingo, novembro 29, 2009

ocasionalmente nem tudo é mau em mim

e por causa de algumas pessoas, de vez em quando, sinto-me perto de ser a pessoa mais feliz do mundo.

sexta-feira, novembro 27, 2009

Penis From Heaven

Timidly the woman’s hand touched
The centre of the man’s crotch spread wide
The man is big
He was beginning to go bald
The woman is suffering from schizophrenia
She is a possesser of a beautiful soul

‘How have you avoided men until now?’
She is the kind of woman the man would be likely to ask this question of
On their wedding night,

(Have a look)
(Go ahead and touch it)

This kind of thought
Would not be expressed in words
But the kind man would think it
The scene where he compares his thing with the woman
Was great, wasn’t it
I’m talking about a movie
I don’t think there is any other scene as beautiful as that
As tender as that
One day
Something awful happened
On a day I felt gloomy
For no reason
In a quite natural move
Inside me
I remembered that scene

(Have a look)
(Go ahead and touch it)

At that time
Instead of the woman’s hand extending
A hand was extended within me
My fingers touched something very warm
Dark
And deeper than anywhere else, the human crotch
The man who can spread his crotch wide open
Like that
What sort of man was he?
In the movie
This human experience
At that time
Resurfaced inside me
It warmed me from deep inside
Me who was crushed

‘Don’t you think that she has blossomed in every way after marriage (with me)?’
The hand extended gently from within me
And the image of touching the warm penis
This and the grace-like tenderness
Where did they come from?

For example,
In spring, they appear suddenly from underneath the snow
Impudent, like black soil
For example,
Like fresh-boiled, new hot water
But
No metaphor is adequate
It was the very
Essence of life
Life itself


Masayo Koike, in Masayo Koike: Selected Poems (trad. Leith Morton), Vagabond Press, Sydney, 2006

Beco da Fé

quarta-feira, novembro 25, 2009

I'm a Sagittarian

I look up
but I'm no lover of starry skies
sharp bits of broken glass everywhere

how come then
I still like gazing?
gazing at such a great wholeness
until gently it lifts me
from the Earth?

my mood is suddenly uneasy
some one
loves you
and secretes tears
I warned myself long ago:
the spoils of love divide unevenly

I only
have myself
and sell time
to tomorrow
to make a killing
tomorrow is where brute beasts incarnate

the faces that have peeled away already
who knows where they are now
I’ve already peeled off
thirty-six of them
dog-faces, pig-faces

may I suggest to one who loves you:
don't go collecting those faces
they will devalue


Fang Xianhai, 2007

terça-feira, novembro 24, 2009

dois ponto cinco

x: mas ele gosta de ser barman?
z: não é barman, ele gosta de ser bartender,
y: ai, bartender!
x: e será "tender"?
z: bar. bartender.
x: não é isso.
y: não atingiu...
x: e tu, já chegaste lá?
z: ah, ok, se é tender
... eh, pá, não sei, de vez em quando mexo-lhe na mão, e é macia. mas não faço ideia da tenderness adjacente, ou falta da mesma.

domingo, novembro 22, 2009

é sempre agradável

sair à noite e beber imenso, para não pagar quase nada, só porque o dono do bar é amigo e "oferece" coisas, ou porque raparigas relativamente aprazíveis, se bem que semi-góticas, nos pagam shots.


IAMX - Nightlife

A música vem a propósito, que, de facto, vai-se tendo alguma dificuldade em sobreviver nas saídas à noite.

sexta-feira, novembro 20, 2009

mandei vir este filme



por cinco euros, numa edição especial de dois discos, novo. Talvez tenha havido algum engano, mas a verdade é que só desembolsei cinco euritos.

quinta-feira, novembro 12, 2009

desabufa

estou-me a tornar uma daquelas pessoas chatas que acham que já não se faz nada de jeito na contemporaneidade, pelo menos na contemporaneidade mainstream.

e isso entristece-me, porque quando era mais novo esse tipo de gente me irritava sobremaneira.

P.S.: não é que eu ache que no circuito comercial e mainstream alguma vez se tenha feito algo de excepcional mas, lá está, julgo que pelo menos já foi melhor que agora.

terça-feira, novembro 10, 2009

sinto falta dos meus amigos...

são tremendas, a facilidade e a velocidade com que ficamos sozinhos.

uma pessoa sai à noite já só para isto:





Nota: as imagens podem - e devem - ser vistas no seu tamanho normal, bastando, para isso, clicar nas mesmas, como apresentadas acima.

domingo, novembro 08, 2009

like a wild animal growls


The Duke Spirit - Red Weather

sexta-feira, novembro 06, 2009

um blog de prosa

Notando que (via conversas que foram tendo comigo e comentários deixados), mais uma vez, após visitas ao "novo" blog conjunto, o meu conceito de prosa choca tanta gente, aqui deixo um maravilhoso blog de prosa DA BOA, com historiazinhas com princípio, meio e fim, sem nada dessas coisas estranhas de "reflexões sobre a forma", nem imagens muito poéticas, que, pelos vistos, a prosa tem de ser o mais descritiva e chata possível. Espero que, desta vez, já considerem que isto é PROSA:

Clicai aqui. Espero que os vossos ardentes desejos por PROSA "a sério" sejam cumpridos.

quarta-feira, novembro 04, 2009

anúncio:

O blog em copo ou cone?, meu e do Cláudio, iniciou-se hoje, com o primeiro texto de um pseudo-coiso em prosa, ou, pelo menos, numa tentativa mais semelhante a isso, do que à poesia. Aviso, ainda assim, a querida Mónica, de que não se trata de um romance puro, tendo sempre, inevitavelmente, bocados de uma certa prosa poética à mistura. Como disse antes, acho-me incapaz de prosa à séria.

terça-feira, novembro 03, 2009

GROTTO

Não quero nada claro ou helénico.
Prefiro turbinas de aviões comerciais, a sua fuligem
doméstica
às velas de alabastro do veleiro de Ulisses
lá em mar alto.
Prefiro o eclipse a Calipso.
Não quero nada de verdadeiramente branco.
Dispenso a asa delta de garças,
o seu voo aerodinâmico,
troco-o pela arribação de ratos no esgoto,
a sua pressa chinesa,
o seu stress pós-traumático:
orgulham-me criaturas tão limpas.
Assim também recuso o papel branco:
trato de o desfigurar
com sangue negro, como se desfigura
um branco em Harlem.
Não quero começar a imaginar como se sentiriam
escravos nos campos de algodão

Daniel Jonas, Os Fantasmas Inquilinos, Cotovia, Lisboa, 2005.

sábado, outubro 31, 2009

porque há coisas de que não gosto MESMO

Ao contrário d'Os Maias, que pelos vistos toda a gente ficou a pensar que detesto, quando esse está MUITO longe de ser o caso.

Mas, enfim, se me querem acusar de não gostar de alguma coisa de que toda a gente gosta, olhem, podem sempre usar os Smiths. Nunca consegui gostar dos Smiths, sinceramente, a música deles não me diz nada, parece-me rock de velhadas que já era rock de velhadas na altura em que era feito. Ou seja, rock de velhadas à séria, que há para aí muito rock antigo de que gosto bastante, "rock de velhadas" é só um termo que estou a usar para classificar os Smiths num nicho ofensivo para mim. Por mais músicas deles, que ouça, aquilo parece-me tudo muito "mellow", muito sensaborão, sei lá... não me dá vontadinha nenhuma de nada...

domingo, outubro 25, 2009

teorias até um bocadinho estúpidas sobre algumas coisas

Este fim-de-semana acabei por não ter ninguém com quem sair, portanto, saí sozinho, para mais uma noite de relativa animação e/ou depressão - devido ao facto de estar sozinho - no Trinca Espinhas (que até tem Myspace, e assim), tendo acabado por decidir encetar uma conversa com o dono/explorador do espaço/bartender/empregado de mesa/etc, Ruben, de seu nome, para efeitos de celeridade na referência ao mesmo indivíduo, ocorrência que pode ter lugar durante o decorrer deste texto. Sucede que Ruben, para além de vocalista de uma banda popular/experimental da zona Litoral Oeste, denominada Agrupamento Lauro Palma (sucede que também este agrupamento possui mais peixe - bonito jogo de palavras com o termo "Myspace"), é possuidor de uma licenciatura no curso de Línguas e Literaturas Modernas, variante de estudos Portugueses e Ingleses, concedida e reconhecida pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. E saber isto fez-me ter uma certa urgência de falar com o supra citado acerca de livros e de literatura e de autores, enfim, essas coisas.
Acontece que, felizmente, temos uma opinião muito parecida acerca disso, e a noite acabou por correr bastante bem, pese embora o facto de ter começado dificilmente (estava-me a custar sair de casa sem companhia). Queria deixar de antemão bem clara a ideia de que tenho algum respeito por opiniões diferentes da minha, e que o facto de pensar assim não me torna automaticamente um ditador que queira impingir esta opinião como uma verdade universal, embora a vá apresentar, por vezes, como se fosse, já que é minha característica típica.
A verdade é que há imensos livros que não valem nada. Que os lemos porque, ou são obrigatórios, ou porque um amigo intelectual, cuja sensibilidade respeitamos (ou respeitávamos, pelo menos) no-los "impingiu". Grandes clássicos que, em abono da verdade, não são agradáveis de ler, nem proporcionam uma experiência única. Nomeadamente, do Dostoievski, as únicas coisas que eu recomendaria são O Jogador e O Idiota... Crime e Castigo e Os Irmãos Karamazov são obras entediantes e demasiado compridas, com uma ou outra frase lá pelo meio, realmente imbuídas de uma centelha genial, e que, coligidas, dariam talvez um pequeno opúsculo de grande valor. Os Maias, por mais que eu goste, tornou-se, em Portugal, "aquele" livro de que toda a gente gosta; ou, melhor, "aquele" livro de que é possível ter-se conversas sobre livros; ou, ainda, "aquele" livro de que toda a gente fala, porque o deu na escola, embora, muito provavelmente, nunca o tenha lido, tendo recorrido, em vez disso, aos famigerados livrinhos da capa amarela (que para mim sempre foram os livros "abelha", já que, a meu ver, amarelo e preto não qualifica um livro para que seja "o de capa amarela"). Os Maias é o livro que toda a gente "desconhece" mas, no entanto, adora. Agora, a verdade é que não sei até que ponto desconhecem, porque a sinopse do livro da capa amarela apresenta, vistas bem as coisas, tudo aquilo que interessa, n'Os Maias... é que aquilo não assim tão bom, sejamos francos... e creio que as partes resumidas nesses auxiliares ao estudo são, muito sinceramente, o que importa e o que sobressai numa obra que, apesar de tudo de bom que se lhe aponte, não deixa de ser enfadonha em partes. Para ser franco, nunca achei as "soberbas" descrições do Eça, n'Os Maias, assim tão maravilhosas... talvez o ênfase que se dá a isso me tivesse levado a pensar que era uma coisa melhor... é a tal questão da expectativa. Que, confesso, criei em várias vezes, em relação a muitos livros, filmes, músicas... só para sair gorada ou, pelo menos, ligeiramente frustrada em quase todas as vezes.
Claro que há excepções, existem livros clássicos ou, pelo menos, livros a que se dá um valor enorme, que assim o merecem (na minha sensibilidade, isto é, já que sei que pelo menos um dos livros que tenho em mente é insuportável para uma cara amiga), nomeadamente o maravilhoso Don Quijote de La Mancha, de Cervantes (esse, sim, um livro fabuloso, de que nenhuma sinopse em livro de capa amarela consegue sequer aflorar uma pequena parte, de tão complexo e completo, que é), Ulysses, de James Joyce (desculpa, Joana), quase toda a obra do fantástico Shakespeare, enfim, os grandes poemas épicos da Antiguidade Greco-Romana, só para citar muito poucos (recuso-me a citar mais, porque estou consciente de que, embora muitas das pessoas que considero artistas de "clássicos" sejam de facto escritores reconhecidos, as suas obras não são consideradas verdadeiras bases da literatura - para além de que o meu universo literário é muito marcadamente anglo-saxónico/anglo-americano para os gostos refinados e francófonos dos meios literários portugueses/europeus/mundiais).
A minha grande questão, no fundo, é só a da expectativa em torno de um livro ser tantas vezes gorada quando o lemos, que me deixa a pensar, muito seriamente, "porque raio é que isto é considerado tão bom?!" Quer dizer... há livros por aí, que conhecemos de fazerem parte da cultura geral, que, na realidade, conhecemos tão bem, ou melhor, do que se os tivéssemos lido. Há livros de que sei que a minha ideia deles é melhor do que eles mesmos, e esses, também me recuso a lê-los. Sim, sei que a experiência da leitura também tem o seu valor, mas será que isso compensa a desvirtualização da noção, que tínhamos, de um certo livro, de um certo autor, de um certo tema? Há livros de que conhecemos as "ideias-chave" e, depois, ao lê-los, com esforço encontramos essas ideias lá pelo meio de palha e de coisas sem ritmo nem cadência nem interesse, uma frase no meio de um capítulo, se tanto.
É como, recorrendo eu ao meu conhecimento de filmes de terror de série B (neste caso, filmes giallo italianos), um dos primeiros filmes do genial Lucio Fulci (que, felizmente, começou a fazer filmes bons depois deste), Una lucertola con la pelle di donna (traduzido para inglês como "A Lizard in a Woman's Skin"), cujo trailer apresentava tudo o que o filme tinha de bom, ou seja, as quatro ou cinco únicas cenas de terror do filme estavam no trailer e, como eram, sinceramente, muito boas, muita gente poderia ter sido levada a pensar que todo o filme era extremamente interessante (salvo as devidas ressalvas, isto é, nenhum fã de comédias românticas ia achar que o filme era bom). E acho que se vive num estado em que isto acontece com os livros, mas ninguém se digna a reconhecer que muitos grandes clássicos, na verdade, são como um "trailer" de altíssima qualidade, que todos conhecemos de cor, por via de uma certa cultura geral e bom senso, mas que faz com que o "filme" pareça muito melhor do que aquilo que depois confirmamos ser.

quinta-feira, outubro 22, 2009

weeee!!!


Sons and Daughters - Gilt Complex*

* - não é erro, é mesmo este o nome da música.

terça-feira, outubro 20, 2009

a nova aquisição:




(alguém o tinha abandonado no lixo, dentro de um caixote...)

segunda-feira, outubro 19, 2009

acordam o bebé, estes safados!


We Are Scientists - Inaction

domingo, outubro 18, 2009

porque é que

o meu cabelo está sempre uma merda quando me aparece uma rapariga gira à frente? Será um sinal cósmico de alguma coisa?

domingo, outubro 11, 2009

sexta-feira, outubro 09, 2009

um poema que, em princípio, só a Mónica conseguirá ler:

Liefde weggerold
naar het andere eind
van de wereld. Geloof
in de modder van wikken
en wegen verstikt.
Zelfs de hoop beschaamd
terruggekrabbeld. En toch
genoeg over om niet dood
te willen en bij tijden
zijn tekort met dezelfde
gretigheid te omhelzen
als vroeger zijn overvloed.

Hanny Michaelis, Verzamelde Gedichten, Uitgeverij, Amsterdão, 1996

quarta-feira, outubro 07, 2009

pronto, para sermos justos, vai uma minha, também...

a exibir a banha na Consolação. Sem conhecer os conhecidos da Mónica.

my sister

armada em fotógrafa na Consolação.

terça-feira, outubro 06, 2009

ontem à noite faltou a luz



(mais Trinca Espinhas, desta vez só citado)

- eh, pá, fazes-me lembrar um gajo da minha faculdade...
- andaste na Clássica?
- não, na Nova.
- ah, é que eu andei foi na Clássica.
- mas olha que me fazes mesmo lembrar esse tipo... e não é agradável.
- tu, a mim, fazes-me lembrar o Luis Sepúlveda.
- foda-se...
- pois... mas, pronto, ele é mais feio, ainda. Tens um ar chileno. E a barba não ajuda.

N.B.: para efeitos de fidelidade, note-se que foi dito "a barba ná' ajuda", e não "a barba não ajuda". Isto convém ser referido, porque depois houve uma tentativa de minimizar o "ele é mais feio, ainda", pegando no "ná' ajuda".

domingo, outubro 04, 2009

noitada @ Trinca Espinhas

mural e pessoas.

ninfa já ocupada, a fumar.

sábado, outubro 03, 2009

erratas:

1. a t-shirt dos Sonic Youth afinal já não vem porque houve um erro qualquer com o meu cartão.
2. a gaja de cinzento (e, ocasionalmente, roxo) já está ocupada, relacionalmente falando.

sexta-feira, outubro 02, 2009

CCC, Caldas da Raínha, 14:47

Dói-me a boca e estou aqui sentado com a minha camisa cinzenta a cheirar a whisky, a olhar para uma jovem lá fora, sentada na esplanada, a pensar o que é que ela ia achar se eu chegasse ao pé dela e lhe dissesse "olha, acho-te mesmo muito bonita." E acho. Ela trabalha aqui e eu venho, confesso-o, muitas vezes a esta sítio só por causa disso. Chama-se Patrícia. E não sabe que eu existo.
Tenho sangue na boca e isso não me agrada, mas não me apetece estar a pôr uma das compressas que a dentista me deu, porque me vomito todo. Sou um fracote, é verdade, oralmente falando.
Gosto das Caldas por ser (serem? A concordância em relação a este sítio é uma coisa muito complicada, para os locais, saiba-se) uma cidade feia. Os prédios, vistos daqui, são feios, e o planeamento urbano não foi bem feito. Não é uma cidade grande, como Lisboa, com as partes antigas típicas de uma cidade grande. Toda a cidade das Caldas é antiga com prédios novos pelo meio, muitos deles bem feios e desproporcionados. Mas a verdade é que, se as Caldas não fosse (-em?) assim, tanta gente que mora aqui e escreve e pinta e desenha e estuda e toca e vive não era como é. É graças a barzinhos como o Trinca Espinhas e o Demodée e o Dejà Vu e o Apache (que já foi bar de skins, caramba!) e o Joyce e o Charrua, a pastelarias e cafés como o Machado e o Central e a Puzzle e o café do CCC e o Chá de Limão e a Pituca e o Prova dos Sentidos, sítios como o Prédio Verde (arte nova) e os Pavilhões do Parque e o antigo casino e o Hospital Termal e o Parque D. Carlos I e o Museu Malhoa e o Museu Barata Feyo e a ESAD e o CCC e a estação de caminhos-de-ferro, sei lá, por causa da especificidade toda das Caldas, que isto é como é e as pessoas que realmente são de cá gostam tanto disto. E se eu escrevo como escrevo é porque sou de cá. E se amigos meus pintam como pintam é porque são de cá. E se amigos meus tocam como tocam e gostam da música que gostam é porque são de cá. E não trocávamos este adubo cultural tão específico por nada. Porque Lisboa é Lisboa. Mas Coimbra também é Coimbra. E Leiria é Leiria (e, a meu ver, Leiria é factualmente uma merda). E as Caldas é? (são?) as Caldas. E, obviamente, traria para aqui os meus amigos todos, e desperdiçaríamos os nossos dias sentados num café e mais tarde num bar a falar de música e de filmes e de livros e de poemas e de mulheres e de homens e de vinho e de queijo enquanto, devagarinho, a rapariga de cinzento (e de vez em quando de roxo), que encontro no Trinca Espinhas, e esta empregada do CCC se apercebem que eu

estou aqui. Ok?

P.S.: pelos vistos, também estão aqui uns actores quaisquer, que devem estar aí com uma peça. Um deles é actor de cinema e televisão, mas não sei o nome do marmanjo. Mas andaram aí umas meninas com ar entre o agradável e o repugnante de volta dele, exigindo autógrafos.

a única coisa


que parece que aprendi é a paciência, ou, enfim, a cortesia de pensar coisas tão más e já não as dizer. sou mais simpático, agora, mais correcto. mas a verdade é que isso não foi aprender nada, foi desaprender-me, foi deixar de ser eu. isso é só apatia e mais nada... porque, cá dentro, continuo a insurgir-me contra as mesmas coisa, e só vou fingindo algumas porque... sei lá.

quarta-feira, setembro 30, 2009

Para quem está farto do fundo de ecrã e quer uns novos:


Aconselho urgentemente uma visita ao blog Kitsune Noir para resolver essa questão. Há lá wallpapers para todos os gostos, de artistas mais ou menos reconhecidos no mundo do design contemporâneo, coisas retro e minimal e etc. E desenhinhos pseudo-Dinsey meets... something, como o do McBess, que usei como ilustração acima.

Para quem, por mais que eu tente, ainda não percebe como é que funcionam os links, e não sabe que basta clicar nas palavras "Kitsune Noir" da primeira frase do texto, clique-se AQUI. Ok?

Ou

AQUI.

na minha frenzy de Sonic Youth


até mandei vir uma t-shirt deles. E eu queria mesmo era a do Washing Machine mas, pronto, como é azul, não disfarça tanto estes quilos a mais. Hahaha!

terça-feira, setembro 29, 2009

Last Night I Drove A Car

Last night I drove a car

not knowing how to drive

not owning a car

I drove and knocked down

people I loved

...went 120 through one town.

I stopped at Hedgeville

and slept in the back seat

...excited about my new life.


Gregory Corso

segunda-feira, setembro 28, 2009

rescaldo, ou isso, de um saboroso jantar com amigos

Isto vai como me sair. Atenção.

Às vezes, viver na província tem destas coisas. Portugal é um país pequeno e garantidamente Lisboa é a sua cidade mais cosmopolita, é provavelmente o único sítio do país onde tudo acontece. Estar na província, ou seja, na zona de Óbidos e de Caldas da Raínha, acaba por ser limitador em muitas coisas, ao que parece (e é, decerto). E o que me aflige mais nem é estar longe de um certo "jet set literário", e me irem passando ao lado tendências culturais de massas que se julgam minorias (nomeadamente o frenesim em torno do 2666, de Roberto Bolaño, que me escandalizou um pouco quando soube, porque o livro já é de 2004... e de nenhuma editora britânica, alemã ou norte-americana; falamos de uma editora espanhola, de Barcelona, aliás) a pensar a cultura supostamente underground de todo um país. Não, o que me custa é estar longe dos amigos. "Destes" amigos, com os quais me sabe sempre tão bem estar, quando nos reencontramos. E aos quais agradeço o facto de me acarinharem e de se deixarem acarinhar por mim como sempre fizeram - aos quais agradeço por me irem pondo por dentro destas modas da massa pseudo-minoritária, por mais que me escandalize (inserir gargalhada). Agradeço ao Paulo e à Sara e ao Luís por sermos sempre, juntos, qualquer coisa de muito especial, por podermos ter um espaço e um tempo onde as conversas fluem só porque sim, naturalmente, sempre com o mesmo grau de interesse, por mais variado que seja o tema, por mais rico ou mais banal que seja o discurso. Volto iluminado, sempre, destas coisas.

Qualquer dia temos de combinar qualquer coisa aqui nas Caldas. Que não é Lisboa, é certo. Mas, por um lado... ainda bem.

(Acho que sempre me senti um defensor desta minha província. E há coisas, aqui, que não trocava por nada que Lisboa tenha - ou achem que tenha.)

Ando um pouco acima do chão

Ando um pouco acima do chão
Nesse lugar onde costumam ser atingidos
Os pássaros
Um pouco acima dos pássaros
No lugar onde costumam inclinar-se
Para o voo

Tenho medo do peso morto
Porque é um ninho desfeito

Estou ligeiramente acima do que morre
Nessa encosta onde a palavra é como pão
Um pouco na palma da mão que divide
E não separo como o silêncio em meio do que escrevo

Ando ligeiro acima do que digo
E verto o sangue para dentro das palavras
Ando um pouco acima da transfusão do poema

Ando humildemente nos arredores do verbo
Passageiro num degrau invisível sobre a terra
Nesse lugar das árvores com fruto e das árvores
No meio de incêndios
Estou um pouco no interior do que arde
Apagando-me devagar e tendo sede
Porque ando acima da força a saciar quem vive
E esmago o coração para o que desce sobre mim

E bebe


Daniel Faria, in Poesia, Quasi, Vila Nova de Famalicão, 2003


(Porque a poesia é necessária, tão mais que a prosa, e porque há pessoas que passaram a vida toda a fazer sempre "só", e cito, poemas "preguiçosos", e ainda bem que assim o é, porque é na sua qualidade de poetas que valem tanto a pena. Estava com esta atravessada já há uns tempos, e só mesmo por uma questão de irritaçãozinha, sem realmente acreditar no que vou dizer a seguir: que se foda a prosa. Só mesmo pela comichão que espero provocar com esta afirmação.)

N.A.: Entenda-se, reitero, que não pretendo que se foda a prosa realmente. Muitos dos meus autores preferidos são prosadores e romancistas, como não poderia deixar de ser. Só queria deixar bem claro que a poesia não é, e é mau que assim se pense, uma parte "menor" da literatura, quando, dentro desta, é o que há de mais musical e de mais em contacto com o mais menos-físico de nós, o mais... humano. E fazem-me impressão as pessoas que dizem que gostam de ler e não gostam de poesia. Porque isso é inconcebível... "ah, eu gosto de ler, mas isso da poesia não consigo, não é cá comigo!" é uma coisa que tenho ouvido (não necessariamente ipsis verbis) demasiadas vezes, e acho que essas pessoas, na verdade, não gostam de ler... acho que devemos reconhecer que gostar de ler as indicações e contra-indicações de um medicamento não poderá ser considerado "gostar de ler", da mesma forma que gostar de ler prosa mas deixar de lado a poesia não é, integralmente, ter amor à literatura, e, consequentemente, gostar de ler. Porque a literatura é mesmo a melhor coisa do mundo. Toda ela, com drama e prosa - e poesia.

quinta-feira, setembro 24, 2009

sou tão prestável


Brainiac - Fucking with the Altimeter

Que até crio videoclips para bandas que não os têm, por mais ridículo que o resultado seja. E, sim, eu sei que esta música já tinha sido posta neste blog, mas desta vez vai com um videozinho a acompanhar, que é por causa da tosse.

terça-feira, setembro 22, 2009

o meu gato tem uma namorada, e faz muito bem!



(Mas acho que ele devia ter cuidado, porque ela me parece menor de idade, e, com o estado das coisas, actualmente, ele que se ponha a pau! Para além de que, além de pedofilia, poderá estar a cometer incesto!)

quarta-feira, setembro 16, 2009

see you later, baby, see you later


Franz Ferdinand - I'm Your Villain (live)

segunda-feira, setembro 14, 2009

manias!

acho mesmo que a maior parte das pessoas fica mais bonita séria, do que a sorrir.

sexta-feira, setembro 11, 2009

eu odeio ler jornais, mas encontrei este artigo num DN, no café, e decidi que o achei interessante:

"É a economia, estúpido

Ponto um: João Maia Abreu, Mário Moura, António Prata e Maria João Figueiredo não tinham outra coisa a fazer, depois do fim do Jornal de Sexta, senão demitirem-se dos respectivos cargos na TVI. Ponto dois: Manuela Moura Guedes também não tinha outra coisa a fazer senão dramatizar, sugerindo-se alvo de perseguição política e insinuando que pretendia provar hoje mesmo, sexta-feira, que José Sócrates é culpado no caso Freeport.
O problema é que entre aquilo que as partes interessadas têm de fazer e a forma como se explica a realidade vai sempre alguma distância. E a realidade tem vários pontos também. Primeiro: o Jornal de Sexta tinha de acabar, não porque fosse uma perseguição a José Sócrates, mas porque era uma perseguição gratuita (gratuita, repito) a uma pessoa, a um Governo e a um regime. Segundo: se há alguém a quem o fim do Jornal de Sexta não convinha neste momento, esse alguém é Sócrates.
Eu gostava de ter visto a administração da TVI declarar, preto no branco: "O Jornal de Sexta acabou porque era mau de mais." Assim, alegando "motivos económicos", só conseguiu duas coisas. Perdão, três. Que Moura Guedes se torne num agente central deste ciclo eleitoral, que é o que ela sempre quis; que Moniz se ria com o caos gerado após a sua saída, quando na verdade foi ele a deixar o terreno minado (e, de resto, a preparar mal o Verão); e que nós possamos continuar a defender que nunca é a qualidade a motivar as grandes decisões em Queluz."

Joel Neto, in crónica de tv, Diário de Notícias nº 51 286, sexta-feira, 4 de Setembro de 2009

N.B.: Concordando com a Rita, e não achando o artigo nada de mais, decidi salientar apenas, a negrito, a única coisa que realmente me despertou a atenção nele.

segunda-feira, setembro 07, 2009

"I'd rather get burned than to not try"


Man Man - Whalebones


He felt her curves surrounding his neck
Like a yoke
He knows
He'll never forget
The way she cut through his bed
Like a snake went by through a cave of flesh
But he holds her
Though she's broken
He swears he don't care where she's been

He's tired of being human
He wears her close to the bone as though she were his own skin
He shoots from the heart instead of the head
His mouth and his words they rarely connect
He looks to the past and where his tongue's tread
And he knows she's meant the opposite

But she holds him
Like an infant
Though it breaks her in half to know he'll wake like a man
Sold on cold indifference
When he reaches for her she's gone
She slips like the wind through blackened sails, but

Who are we to know at all?

And I hope you don't mind
If I hang all of my hopes
I hang all my hopes on this time
I know I've been warned
I'll probably get burned
I'd rather get burned than to not try

I hope you don't mind
If I hang all of my hopes
I hang all of my hopes on this time
'Cause you won't
Let it go

?

Giorgio de Chirico - Hector and Andromache

(e às vezes apetece-me uma miúda de 1991.
porque conheço uma miúda de 1991 que me apetece mesmo.
às vezes)

gangrena espiritual

Paul Klee - Die Zwitscher-Maschine

do que eu precisava era de um bar todo decrépito, mesmo a cair de podre, que passasse Morphine e Sonic Youth a noite toda (não necessariamente por esta ordem), e onde o whisky de 12 anos fosse absurdamente barato - e bom -, um bar cheio de pessoas apáticas/antipáticas que não dêem sequer pela presença uns dos outros, onde encontre, numa mesa escondida a um canto, uma rapariga bonita a ler Herberto Helder ou Charles Bukowski ou Boris Vian. só isto podia resgatar a minha vida.

tenho urgência disso.

domingo, setembro 06, 2009

Juventude Sónica - Vela


Sonic Youth - Candle

quinta-feira, setembro 03, 2009

retiro (mais ou menos) o que disse!

Pronto, sucede que, numa destas noites, nos apeteceu ir ao cinema e, nas míseras cinco salas do Vivaci das Caldas da Raínha só se encontravam filmes maioritariamente ridículos, nomeadamente: um filme cujo poster ilustrava um casal dentro dos padrões de beleza ocidentais contemporâneos, separado por uma parede imaginária, costas com costas, ambos segurando um coração de peluche; outro filme onde entrava o Chandler dos Friends - ou, se quisermos, o Matthew Perry - mas transformado em Zac Efron do High School Musical, para fingir que tinha 17 anos devido a uma maldição, ou coisa parecida; o filme dos G.I. Joe, que eu não quero ir ver, porque até gostava dos bonecos e o filme não me parece nada parecido com isso; o Up - Altamente (acho o título em português tão mau), que, por ser versão falada em português, me põe logo sem vontade nenhuma de ver (não gosto de ver filmes de animação em CGI/IGC dobrados para que língua for, que não seja a original), para além de que, pese embora gostar de filmes de animação, este me parece ser bastante aborrecido; e, enfim, o Inglorious Basterds traduzido para um "brilhante" Sacanas sem Lei. Estranhamente, tendo eu feito tanto escarcéu com o filme e com o Tarantino, das pessoas que ali estavam até fui o único a querer ver o filme. Provavelmente porque não vi ali gente interessada no filme, e porque, para ser franco, estando frente a frente com o poster do filme, gostei bastante do dito. Portanto, lá comprámos os bilhetes para a sessão da meia-noite e vinte, e fomos tomar um café para fazer tempo, visto ainda termos mais de uma hora de espera.
Claramente, antes do filme, eu ainda estava bastante irritado e receoso, sempre com o meu medo típico das coisas que são vistas e esperadas com tanta expectativa - o querido hype do texto anterior -, e a queixar-me do Kill Bill (qualquer um dos volumes), filme(s) para o(s) qual(-is) não tenho a mínima paciência, e o(s) qual(-is) acho estar(em) bastante abaixo da qualidade que toda a gente lhes reconhece. Para além de que não tenho a Uma Thurman em grande consideração, e muito menos se vestida de latex amarelo com uma katana e um capacete de mota.
Agora, acontece que, uma vez dentro da sala, decidi deixar de lado essas ideias todas, e simplesmente apreciar o filme. Dito isto, saiba-se que me deliciei como poucas vezes; o senhor merece o meu mais sincero pedido de desculpas: o filme é absolutamente genial. Mesmo. Se depois do Pulp Fiction o amigo Quentin só me fez foi desiludir, este filme vem voltar a colocá-lo nas minhas boas graças, sem sombra de dúvida.
Não vou estar a fazer sinopses do filme, porque obviamente já toda a gente que por aí anda saberá do que o mesmo trata (característica de ser uma coisa cheia de expectativa à volta, enfim), mas gostaria de falar das coisas de que gostei imenso neste filme, sobretudo a nível de cinematografia. Não é um filme com um argumento rebuscado, tem, com certeza, as suas referências obscuras ao mundo do cinema e às culturas francesa e alemã do período da Segunda Guerra Mundial, entre outras, mas onde brilha, onde se destaca, é francamente a nível das direccção artística, direccção de fotografia e cenografia. Já tinha dito que o homem reconhece que O Bom, O Mau e O Vilão é, provavelmente, o filme mais bem realizado de sempre - afirmação com a qual concordo em parte, já que o considero, pelo menos, um dos melhores filmes jamais realizados - e este Inglorious Basterds é, em tudo, uma homenagem aos western spaghetti típicos de Leone. Com as amálgamas de estilo típicas do Tarantino, é certo, mas sem aqueles exageros de "outros" (cf. supra) filmes anteriores dele. O filme é pesado, sem ser demasiado pesado, tem os seus momentos de "ligeireza", embora alguns deles sejam cómicos pela situação em si, e não pela tensão, que é nítida entre as personagens. Muita gente provavelmente acharia que o filme trata com demasiada dessa já referida ligeireza o tema do Holocausto e do nazismo, mas eu discordo. Vejo o filme como uma espécie de "vingança" do realizador sobre os nazis, um filme violento, um western de Segunda Guerra Mundial, onde, felizmente de uma forma soberbamente anacrónica, os nazis são castigados por todas as atrocidades que cometeram, num festim de sangue, balas e fogo que tem lugar no fim da película. O que acontece é que o caminho para lá chegar é sinuoso, e obviamente passa por momentos mais "cómicos", para fazer a viagem não custar tanto.
Também como Leone, Tarantino não se preocupa muito com o tempo de duração médio de um filme, à luz dos padrões de hoje em dia. O filme tem quase três horas, e o realizador leva todo o tempo que quer para contar a história da maneira que a quer contar.
Portanto, termino este texto a recomendar o filme a toda a gente que seja fã de bom cinema, com as devidas ressalvas, é certo, pois presumo que este filme não seja "O filme" para muitas pessoas, por variados motivos. Mas, para a maioria das pessoas que conheço (e até para aquelas que não gostam de westerns, nem de western spaghetti), este é absolutamente um filme a recomendar. E, claro, peço também desculpa por causa do texto anterior, todo ele composto de muita ira e variados sentimentos dessa índole.

Contudo, não retiro o que disse sobre padecer desta doença anti-hype. E certamente que existem filmes e bandas e livros que perdi, por causa disso, mas não me arrependo de forma alguma.

P.S.: é, claramente, um filme que aguardarei em DVD num futuro próximo.

sábado, agosto 29, 2009

sexta-feira, agosto 28, 2009

mais amargura cinematográfica

Há filmes que, quando saem, sejam bons, ou não, geram sempre demasiado hype em seu torno, e isso faz, à partida, com que eu me desinteresse bastante por eles. Na verdade, isto acontece-me com tudo, ou quase: a menos que tenha mesmo uma paixão tremenda por alguma coisa, se muita gente gosta, a minha tentação é recusar e maltratar uma coisa. Obviamente que sei que este meu espírito nada empírico, que recusa uma coisa à partida, só porque sim, é obsoleto e, bem, basicamente, estúpido, mas reconheço que me sinto bem assim, e não me parece que tenha perdido nada, ao longo da minha vida, por ter assim esta atitude extrema em relação às coisas. Ora, sucede que esse deus do cinema "de autor" (bendito termo para designar um cinema que é visto maioritariamente por uma certa e alegada elite cultural, ou minoria social, ou, simplesmente, cinema que supostamente tem qualidade e é dirigido a um público supostamente menos amigo do comercial e do convencional), que é Quentin Tarantino, sempre que lança um filme, é um nunca mais parar de críticas positivas, que, enfim, lá terminam, passados uns meses, quando toda a gente se apercebe de que, afinal, os filmes não eram assim tão bons como a crítica fazia parecer. Mas também ninguém desmente, porque, se é um filme do Tarantino, por menos excelente que seja, é sempre bom. Frise-se sempre. E também se dá que recentemente saiu o seu filme Inglorious Basterds, uma ficção passada por alturas da Segunda Guerra Mundial.
Para ser franco, os únicos filmes de que gosto mesmo, feitos por esse cavalheiro, são o Reservoir Dogs e o Pulp Fiction. E sei bem do risco que corro ao afirmar isto, "ai, tem a mania que é pseudo-alternativo, só gosta dos filmes originais dele", mas não me interessa mesmo nada que pensem isso. Só gosto desses filmes dele, pelo menos a 100%. Não gosto da saga Kill Bill, não acho piadinha nenhuma à Uma Thurman, e francamente, quando a única coisa que fazemos é imitar géneros e colá-los uns sobre os outros, na secreta esperança de criar algo novo, como faz o Tarantino, a coisa acaba por sair, vá, com uns momentos de inspiração mas, em última análise, um fracasso. Muitas me pessoas me criticam por gostar imenso dos western spaghetti do Sergio Leone, mas o seu caro Tarantino também alega que Leone realizou aquele que é, segundo ele, o filme mais bem realizado de sempre (O Bom, O Mau e O Vilão). A verdade é que, sim, vêem-se influências de Leone nos filmes do Tarantino, mas acho que vai ser sempre uma péssima imitação. Posso estar enganado, mas sinto sempre que o Leone era "puro" nos seus desígnios; o que pretendia era criar a suprema forma de arte visual no cinema, coisa que é visível na sua trilogia dos dólares, que culmina, precisamente, com O Bom, O Mau e O Vilão, trilogia onde aborda quase sempre os mesmos temas, cria imagens muito semelhantes e vai praticando uma "evolução" de cinema. Mas o Tarantino, parece-me a mim, quer fazer filmes porque, na verdade, se sente bem no seu papel de realizador "de culto", e gosta da atenção que lhe é dada nesses meios underground (ficou, por exemplo, irritado de o Inglorious Basterds não ter ganho o prémio de melhor filme em Cannes, porque achava que era merecido).
Não vou ver o filme porque estou cansado do movimento pró-Tarantino, e porque estou farto de filmes de guerra (mesmo que ele alegue que o filme não é um filme de guerra, é o seu western spaghetti com iconografia da Segunda Grande Guerra - inserir riso sarcástico da minha parte, em resposta a esta afirmação do querido Quentin), mesmo que sejam filmes de guerra ficcionais e não baseados em factos históricos (que estes filmes mais "históricos" conseguem ser, proporcionalmente, ainda mais chatos), porque acredito que o filme, embora diferente, me vá deixar a sentir o mesmo que os Kill Bill: um exercício medíocre de cinema, com flagrantes plágios visuais e "espirituais" de Leone e outros, que, ocasionalmente, tem o seu momento de inspiração (também, copiando e colando de tanta gente boa, alguma coisa a roçar a genialidade haveria de sair, num minuto ou outro). Ah, e reitero: digo isto sem ter visto sequer um trailer do filme, é a minha opinião visceral sobre o homem e o seu cinema, só isso, aliada a informação que fui lendo por este maravilhoso mundo que é a internet. E, já agora, aproveito para dizer que também acho que fazem falta mais pessoas com opiniões tendenciosas "só porque sim", porque isto anda tudo demasiado politicamente correcto.

quarta-feira, agosto 26, 2009

Barra de Aveiro: Um Agosto

Começam a morrer os últimos pianos do século
arrefece o estio na cabeça
agora almoço e já cai o crepúsculo
esse que me fugia por aí esse tempo

o mesmo rio não se contempla duas vezes no rosto do homem
debruçado fumando no molhe do marégrafo
a mesma Barra de Aveiro não é a mesma
o engenheiro Oudinot sentiria um aperto de coração idêntico

tive todas as alegrias e melancolias assim dito por alto
próprias das idades sucessivas mas nenhuma
que iludisse deveras a velha constatação jónia
cada gesto de mão é sempre um outro

nem sou sequer quem muda mas um outro


Fernando Assis Pacheco, Cinco poemas postos no correio para o Arauto de Osselôa onde afinal não se fala apenas da morte, esse mau passo - Memórias do Contencioso (1980), in A Musa Irregular, Lisboa, Assírio & Alvim, 2006

segunda-feira, agosto 24, 2009

Olha, filha,

cometi uma lócura, e já mandei vir o DVD dos Watchmen.




(E hei-de fazer o tal texto a falar d'O Bom, O Mau e O Vilão, porque me apetece mesmo discorrer sobre a genialidade cinematográfica do Sergio Leone.)

sábado, agosto 22, 2009

Moniquinha, não ouças esta, vá:


Sonic Youth - Bull in The Heather

Mónica, a Bull In The Heather é do Experimental Jet Set, Trash and No Star, a Sugar Kane é do Dirty. Pensei que gostavas do Dirty... lol!

sexta-feira, agosto 21, 2009

oito da manhã lá fora, através da cortina



Ando aqui a ouvir umas coisas más,

e, por isso, preciso de Sonic Youth. Por recomendação do last.fm (que já tem acertado nalgumas coisas, felizmente), tenho agora andado a experimentar ouvir umas outras coisas, já não tão de acordo com as minhas sensibilidades musicais - nomeadamente, The Futureheads e Dr. Dog... portanto, têm de ir uns Sonic Youth para descontrair/descomprimir/desanuviar.


Sonic Youth - Tunic (Song for Karen)

P.S.: Porra, lamento MESMO a tão fraca qualidade de áudio do vídeo... só não me queixo mais, porque ouço mesmo do cd, só ponho o vídeo aqui para que vós, caríssimos leitores do blog, possais deleitar-vos com o mesmo, e não fiqueis sequinhos, depois de tanta promessa audiovisual.

Post-Post Scriptum: Aliás, como não aguento realmente a má qualidade de áudio do vídeo, deixo mesmo duas versões da música tiradas da minha belíssima edição deluxe do cd:


Sonic Youth - Tunic (Song for Karen)

Sonic Youth - Tunic

quinta-feira, agosto 20, 2009

queixumes das seis e vinte da tarde

É um facto: não consigo escrever quando me forço a isso, e por isso tenho algum medo de começar o blog novo. Sei que, quando o começar, sou "obrigado" a pôr lá alguma coisa todos os dias e, francamente, não ando com capacidade de escrita absolutamente nenhuma... o último texto que pus no lonely gigolo saiu-me tão mal, que pensei sinceramente em apagá-lo, deu-me mesmo vontade de chorar... e só o deixei lá ficar, porque acredito numa certa existência dos textos, independemente do seu escritor, e acho que, pronto, já que está "cá fora", deve ficar. Mas não gosto do resultado, e, acreditem, isto nem sequer é humildadezinha falsa de jogos psicológicos e auto-comiseração fingida, como que a pedir "vão lá ver e comentem, afinal até nem está assim tão mau"... pode não estar mau, mas não é de certeza um dos meus melhores textos/poemas/etc. E isso entristece-me bastante. Não vou tentar explicar pela enésima vez porque é que não consigo escrever, sinto que já analisei essa situação vezes sem conta, só para nunca chegar a nenhuma conclusão, e simplesmente perder tempo a arranjar desculpas para o facto de estar a desaprender a escrever. Que é o que se passa, pronto.

E o desinteresse em meu redor é tal, que me desmotiva terrivelmente, também, e queria falar disto. Há pessoas que às vezes pedem para se encontrar comigo e me dizem "Pedro, traz os teus cadernos!", e lá vou eu, de cadernos em punho, para depois os ditos cadernos não terem atenção nenhuma... as pessoas lêem assim umas coisitas superficiais, fecham os cadernos e devolvem-mos sem sequer dizerem nada... e isto é triste para mim, porque isso é uma parte muito importante (se não a mais importante) da minha vida, e vejo as pessoas a negligenciar isso, porque não lhes interessa. Onde é que andam os meus amigos do liceu, os meus amigos da faculdade, que ligavam a isso como era suposto ligarem? Fui-me rodeando de pessoas que não querem saber disso para nada, que não podem querer saber disso para nada, e quero sair disto tremenda e urgentemente.

Também para reaprender a escrever.

N.A.: é um bocado mau andar sempre a culpar os outros, como se as pessoas que me rodeiam é que tivessem culpa, mas é mesmo assim que me sinto, e mentia se não dissesse isto desta forma. Não pretendo culpar nenhuma das pessoas que me rodeiam, dos meus amigos de agora, simplesmente sinto falta de outro tipo de amigos, que me podiam dar coisas que estes, agora, não podem. Acrescentar amigos, sem tirar.

segunda-feira, agosto 17, 2009

"Cabra das Castanhas", by Lia Cardoso


Cabra das Castanhas, de Lia Cardoso (embora haja a informação incorrecta de um título sob a forma de "Auto Retrato da Lia", escrito pela artista, na obra)
Esferográfica preta PILOT e esferográfica azul Parker sobre papel (de novo o caderno barato e rasca, sem capa).

sábado, agosto 15, 2009

(She is a wolf.)


Man Man - 10 lb Moustache

sexta-feira, agosto 14, 2009

O filme dos Caça-Fantasmas faz hoje 25 anos.



E eu sou suficientemente geek para fazer alusão a isso.

ando desesperado para ver este filme



Mas, ao que parece, a net não é uma base de dados de média assim tão completa, já que, por mais que procure, não encontro um mísero link de onde fazer download do filme. Nem numa qualidade de vídeo duvidosa, para mim, neste momento, já me chegava perfeitamente! É que, ainda por cima, a edição em dvd é rara e caríssima... e, em Portugal, deve ser impossível de encontrar.

'cause sometimes I just feel like it.


Cake - No Phone

quinta-feira, agosto 13, 2009

Zelda sinfónica



Provavelmente, ninguém, das pessoas que frequentam os meus blogs, aprecia The Legend of Zelda, mas, sendo eu, de certa forma, um fanático pela saga, delirei a ouvir este arranjo para orquestra, particularmente com as partes tiradas de jogos de 8 e 16 bits.

quarta-feira, agosto 12, 2009

anúncio

Estou a começar um (outro) blog novo com um amigo, para o qual temos grandes planos. Ainda está em construção, embora já exista e possua um texto de introdução. Para todos os interessados em fazer uma "pré-visita" (no sentido de o blog estar mesmo muito incompleto, e não activo, por enquanto), podem fazê-lo através deste link:

em copo ou cone? Ou "Porque não nos deram amor quando éramos pequenos."

segunda-feira, agosto 10, 2009

Daqui a uns anos seremos recordados por esta OBRA DE ARTE:


Artistas: Nelson Ribeiro e Pedro Capinha.
Grafite em papel de caderno barato.
Composto na tarde de 10-VIII-09, no Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Raínha.

N.A.: Aumentem a imagem, clicando na mesma, para visualizar a obra em todo o seu... "esplendor".

quinta-feira, agosto 06, 2009

não tendo nada para dizer

alego, apenas, que já chegaram os dvds d'O Bom, O Mau e o Vilão (acerca do qual espero vir a escrever um texto aqui, em breve, assim que esteja disposto a isso), d'A Valsa com Bashir e de Cecil B. DeMented. Estou extasiado com qualquer um dos filmes (embora, sim, enfim, já os tivesse visto a todos...) e hei-de comentá-los eventualmente, de forma mais "pública", neste blog. Por enquanto, deixo só algumas imagens de A Valsa com Bashir e Cecil B. DeMented, que são, aliás, os que traziam imagens numa pasta em DVD-ROM.

domingo, julho 26, 2009